De plantar e colher Ausentaram-se as mãos O aguador vai ficar Lida que persiste Ao tempo resiste Sem mecanizar Até a água calçada Volante a morada O levante do lado Que coisa gaúcha É a sina arrozeira O arroz irrigado A água é ouro A banhar o louro dos arrozais O aguador vaqueano Tropeiro das águas Da pás e canais É como entregar pingo Em manhã de domingo Cumprindo a missão Perfilada a lavoura Em paisagem loura Encher o grão No outro a princesa Antiga certeza Da sina que é vida Suba o Sol que racha Só é da barragem Por gostar da lida Que vive de cachos Não vive de aparte Cuida o que é dos outros Reza a São Miguel Vive bombeando o céu