Quando a saudade me abraça Eu penso em ti; que desgraça! Eu penso em ti sem querer E choro como um bandido Que chorasse arrependido Porque se deixou prender Mas a esperança ilumina Esta saudade assassina E eu fico a sorrir, então Fico a sorrir, na esperança De te afastar da lembrança Oh mulher sem coração E revendo na memória A nossa tristonha história Vejo o que foi o nosso amor E revejo-te, fingida Reduzindo a minha vida A um brinquedo sem valor Certas mulheres conheço Que vendem, conforme o preço Os seus amores banais E eu volto a chorar, pensando Que fui bem tôlo te amando Pois tu deves ser das tais