Madrugada, resto da noite Clarim que anuncia um novo dia Madrugada que encontra o poeta Nas ruas desertas A versejar Namorados que saem das festas Fazendo serestas À luz do arrebol Madrugada dos guardas-noturnos, Boêmios soturnos Que sonham com o Sol Madrugada – cabarés fechados Casais agitados Que a noite formou Madrugada das rixas sangrentas Nas ruas barrentas, onde a lei não chegou Madrugada do homem banal Que compra o jornal E as notícias não lê Madrugada, o poeta boêmio Deseja por prêmio Viver com você