Um dia, Eu em Andaluzia, Ouvi, um cigano a cantar, Havia, No canto a nostalgia, De castanholas batidas ao luar, Mas era, A canção tão singela, Que eu julguei para mim, E agora, Que minh'alma te chora, Ouve bem, a canção que era assim : O amor, Tem a vida da flor, Não sonhe alguém, Do seu sonho o colher... Pois bem, Como acontece à flor, O lindo amor, Principia a morrer. Cigano, Que sabias o engano, Por que me fizeste tão mal? Não fora, A canção traidora, E o meu sonho seria eternal! Quem há de fugir, A realidade, Vem desmentir a ilusão? E hoje, Que o teu beijo me foge, Cantarei, Do cigano, a canção!