Deuses alados coletaram dados em seus notebooks Em vôo rasante aqui, lá distante, nos apontarão Quem sopra para o alto fumaça e odores de cinza e veneno Até que o sol réstia, filete de lua num céu sem cor de chumbo Uvas e figos, veludo fuligem serão condenados a morrer de sede Maças sessecadas sem nada que hidrata Morangos perecem vermelhos, estiagem Altos coqueiros de tijolo á vista Perdem seus frutos filhos de proveta Caules de vidro em tubos de ensaio Esperam pela ultima colheita Num céu, da cor de chumbo ... (texto falado) Haverá charco de óleo sobre venus Vapores arderão sobre Mercúrio Haverá em Marte um mar verde cinzento Derramando sobre o solo de Netuno Eia pois, advogada nossa, esses vossos olhos Misericordiosos Perdoai as nossas ofensas, perdoai as nossas ofensas