Vou escrever um poema falando da natureza Aqui no nosso nordeste existe tanta pobreza É a seca devorando e as águas dos rios secando Nos deixa tanta tristeza Eu vejo os animais nos cercados sem ração Os passarinho voando procura alimentação Entra ano e sai ano cada vez mais se acabando As beleza do sertão Até as vaca leiteira diminuiu a metade O dono compra ração mas não tem bons resultado Quando vai fazer as conta a ração que ele compra Não sobra nem um centavo Até o carro de boi que sempre se viu cantando Os boi que puxava ele foi vendido por seu dono O carro tá no terreiro de baixo de um juazeiro E os cupins devorando As palmas antigamente crescia mais de dois metro De certos tempo pra cá no tronco deu um inseto é as palma se acabando e o gado passando fome é este o mal do nordeste Aonde era os açude hoje só existe torrão Nos lugar dos bebedores só presta pra cacimbão Aqui só se vê tristeza Chora toda natureza Com a seca no sertão Quando é de madrugada passa uma brisa fria O sertanejo levanta antes de amanhecer o dia Vai pra o curral pensando chega lá fica chorando Naquela triste agonia Começa tirar o leite dentro de um caldeirão Escuta o gado berrando a procura de ração Ele olha e não da jeito termina tirando o leite Com as lágrima molhando o chão É isto que eu sei contar desde o tempo de menino As mata verde acabou a natureza sumindo Só Jesus pode consertar é isto que eu sei contar A vida do nordestino.