Tom: D Introdução. Bm F#m E G A Bm Num Domingo desses a gente acordou F#m E G Com um cano de carabina na cabeça, meu "sinhô" Bm Pensou que era ladrão, era a polícia do distrito F#m E G Passeio de camburão só porque a gente é de cor Bm Era soco de manhã, à tarde pau-de-arara F#m Choque, palmatória, à noite chute bem no meio da cara Bm Era porrada pra confessar o que não fez F#m Era surra pra dizer o que não sabia Bm Era ter que ficar cinco dias sem comer F#m Herança colonial, mas quem é que se metia G7 A A gente não tem culpa de morar na periferia Bm De ser preto e pobre, de ser preto e pobre G7 A Mas a gente não passava por isso se fosse branco Bm F#7 E morasse num bairro nobre, num bairro nobre Bm É domingo vai ter baculejo no morro F#m E G É domingo vai ter negro no camburão. Bm F#m E G A Dignidade aqui com certeza você vai encontrar Nunca subestime uma família, um lar Respeitar é essencial em qualquer classe A sinceridade não precisar usar disfarce Nascem em todo momento cidadãos Julgados, marginalizados, não é não? Sou preto e humildemente pobre E eu tenho o que você não tem: o coração nobre!