Alpargatas desgastadas De tantas léguas de estradas Camiseta com reclame Que lhe deram de regalo Um boné das eleição Cherenguita bem a mão De lidar com castração E por mossa nas orelhas Simplicidade campeira Qualquer serviço lhe agrada Se der sustento pro rancho E "bóia" pra gurizada Esquila, aparte mangueira Carneia, doma, tropeia Qualquer a lida que venha Não borra a marca jamais Vem cedo de madrugada Acampa pelos galpões E mostra como se faz Que povoeiro Flor de campeiro No vai e vém Campo e cidade Uma saudade Detém os dois Cresceu na volta da estância Desde piá foi assim Pra adoçar os sonhos de infância Campeava mel de mirim Hoje na beira do povo Não tem encilhas nem nada Vive com a alma voltada Pra aqueles fundo de campo Qualquer que seja a pegada Um buenas na hora marcada Novas trilhas, velhas mágoas Mas segue firmando o tranco