Nas trilhas do poema inacabado sigo Referência o ponto cego é meu abrigo Quando a noite se levanta e cai fria O pesadelo vivo a face da agonia Versos a sombra o fantasma chora Perdido não respiro a incerteza devora Travessia sombria não há como voltar Flores mortas a primavera a recuar Eu sou a contramão da contradição Sou a anomalia do sistema padrão Busco a saída do futuro traficado Sou o reflexo do mundo sufocado Na procura do inferno mais tranquilo Sou o fruto do doloroso sigilo Membro dos que não são entendidos Interferência na existência anjo caído Não há como voltar Tento ir além (não vejo nada)resistir a escuridão Quem corrompe a mente dos fracos? Vejo multidões de espíritos opacos Somos como mercadorias vencidas Selva de pedra de regras envelhecidas A luz da lua mal chega a trilha A cada olhar fome e sede é a matilha Decisão as cegas ciclo canibal Persisto além da fronteira final