Zumbi sem alma, sem coração Soldados são demônios no meio da multidão Zumbi sem alma, sem coração Soldados são demônios no meio da escuridão Alma penada que vaga no meio da madrugada Como se fosse um vira-lata procurando o próprio dono Perdido, revirando as lata de lixo Vivendo só dos restos e tratado como um bicho, sou eu Rato dos esgoto num laboratório Acompanhado da morte na terra de Ali babá Sem lei jogado aos leões Vivendo onde os sonhos são esquecidos também Onde a palavra esperança só fica nos livros E lá cada grito dos neguin pra mim é uma vitória E eu não nasci pra não poder fazer história Eu sou o sorriso amarelado no meio da madrugada O grito de guerra de cada quebrada Eu sou o calafrio que se sente na calada Eu sou aquele mendigo vagando na calçada Catando papelão assobiando na estrada Como um soldado sem bandeira e sem farda pronto pra guerra Vaga sozin pelas quebra da favela Zumbi sem alma, sem coração Soldados são demônios no meio da multidão Zumbi sem alma, sem coração Soldados são demônios no meio da escuridão Eu nasci pra ser soldado estilo iraquiano Com fúsil russo na mão pra matar qualquer frango Filho do preconceito, ferida aberta Ajoelhado com terço na mão, com fé na crença Que anjos são demônios zombando do destino São águias imortais da fantasia Onde o clarão de tantos sóis radia Sentindo que o mundo te olha desconfiado Tipo americano com medo de atentado Zumbi sem alma, sem coração Soldados são demônios no meio da multidão Zumbi sem alma, sem coração Soldados são demônios no meio da escuridão