Tenho guardado em meu escritório Um balde velho e uma colher de pedreiro E um martelo, um serrote e um prumo São a relíquia de um violeiro Foi um alguém muito especial Meu velho pai, fiel companheiro Que muitos anos por este mundo andou Foi com estas ferramentas que ele me criou Vai, saudade vai Pra o infinito deste mundo sem fim Vai dizer ao velho pedreiro Que no dia do juízo final Reserve um lugarzinho Lá no céu para mim Quantas manhãs de cruel inverno Ia o pedreiro de pés no chão De calças velhas e manguinhas curtas E até com fome pra nos dar o pão Foi trabalhando que ele criou Seus oitos filhos e um neto que sou eu Velho pedreiro eu tenho certeza Que neste instante tu estás com Deus Vai, saudade vai Pra o infinito deste mundo sem fim Vai dizer ao velho pedreiro Que no dia do juízo final Reserve um lugarzinho Lá no céu para mim