Foi pela tardinha daquele dia sem cor Que junto à ermidinha disse adeus ao meu amor Andava no outeiro, perfume de alecrim Até o ribeiro parecia chorar por mim Ao longe o moinho com as velas a girar Pareciam um lencinho dizendo adeus a acenar As árvores no monte, a água da fonte Tudo lá na aldeia ficou por mim a chorar Ai que saudade eu tenho de ti minha aldeia Ai que saudade, saudade da luz da candeia Ai que saudade da terra onde um dia nasci Ai que saudade, saudade eu tenho de ti Não me sai da ideia a doce recordação Dessa linda aldeia onde está o meu coração Com a cantarinha, junto à ponte ao pôr-do-Sol Cantava a Rosinha, respondia o rouxinol Ao longe as trindades a lembrar Ave-Marias Oh quantas saudades das festas e romarias! E agora sozinha, nada me acarinha Só vejo as tristezas e saudades dos meus dias Ai que saudade eu tenho de ti minha aldeia Ai que saudade, saudade da luz da candeia Ai que saudade da terra onde um dia nasci Ai que saudade, saudade eu tenho de ti