Floreio Nativo

Vistando Serra E Coxilha

Floreio Nativo


Pela coxilha pastoreia a cavalhada
De madrugada cuia, bomba e a cambona
Esquento o peito pra "guentar" o frio lá fora
E rompe aurora pra esporear uma redomona

Um quero-quero que faz ronda no seu ninho
Pois no caminho só o silêncio me golpeia 
Vou paleteando o orvalho da manhã 
Pra um tarumã me abrigar "das coisa" feia 

Olho o horizonte despejando um aguaceiro
Vejo um pinheiro cerne xucro deste chão
(A gadaria pega o rumo e se boleia 
Quando incendeia de amor meu coração) (   )

A passarada revoando sobre as casa
Batendo asas enfeitando o céu azul 
Talvez não saibam que seu canto é beleza 
Pra natureza que engrandece o pago sul

Quem ama a terra como ama a própria vida
Sabe da lida porque nela se criou 
Num gesto simples de lutar pela querência
Tem a certeza de colher o que plantou

Olho o horizonte despejando um aguaceiro

Vejo um pinheiro já encharcado de pinhão
A gadaria pega o rumo e se boleia 
(Quando incendeia de amor meu coração) (   ) (   )