Ao longe no campo um índio tristonho Trazendo nas mãos o arreio do pingo Um dia chuvoso um tombo medonho Volteava a boiada num fim de domingo A morte de um potro é tristeza de peão Que busca um afago no pingo estendido A terra vermelha cobrindo o alazão Deixando saudade num peito partido "Só quem perde um cavalo, sente as coisas que digo, Só quem perde um cavalo, reconhece um amigo". (2x) Assim é a história da lida nos campos Um dia se alegra n'outro se chora A vida e a morte pealaram tantos Alguns se achegam, outros "vão'mbora" A lonca e "os garrão" ficaram de herança Servindo ao campeiro na doma e na lida Os tentos trançados seguram lembranças E as garrão de potro pisoteando a vida