Frio é o ar que adentra o estômago e gela os nervos Eu quis sentir aquele que vinha sobre a forma de medo de persistir Sigo a mesma luz desde que cheguei meus pés não pisam em chão nenhum Um azul que insiste em me ofuscar E aqueles que me recebem eu já vi Em algum outro lugar Quente é o sangue que sobe o pescoço e atinge o rosto Eu não quis perder Mas perder é preciso e só então eu sinto entender Sigo a mesma luz desde que cheguei Meus pés não pisam em chão nenhum Um azul que insiste em me ofuscar E aqueles que me recebem Eu já vi em algum outro lugar Há quem celebre a passagem Cuja incerta viagem Para tal encarnara Há quem se diz o porteiro Pra quem vem sem dinheiro O trem já não pára Há quem o túnel já viu E, consciente, fugiu De uma luz que o chamava Para muitos só o cheiro da flor Reflete a inquieta dor Por alguém que amara