Ao recordar o nosso tempo tão feliz É uma dor que nasce no peito da gente Lembrar o amor que o destino não quis É grande a mágoa que o apaixonado sente E quem espera o regresso de alguém E que recorda o seu passado de vaidade Dos velhos tempos que não voltam nunca mais Sente no peito a dor cruel de uma saudade Quem já amou e foi amado por alguém Que por maldade lhe deixou e foi embora Guarda consigo a esperança que ela vem Quando recorda seus carinhos sempre chora Os veteranos não esquecem sua glória Nem os velhinhos não esquece a mocidade E relembrando seu passado já distante Sente no peito a dor cruel de uma saudade Os seresteiros que não podem mais cantar Nunca esquecem da viola e da canção Os boiadeiros que não podem viajar Vê uma boiada e choram de recordação Eu também vivo relembrando com tristeza Dias felizes que passei na mocidade E hoje eu vivo solitário e tão sozinho Sinto no peito a dor cruel de uma saudade