A cidade acalmou logo depois das dez Nas janelas a fria luz da televisão divertindo as famílias Saio pela noite andando nas ruas Lá vou eu pelo ar asas de avião Me esquecendo da solidão da cidade grande Do mundo dos homens num vôo maluco Que eu vou inventando e vôo até ver nascer O mato, o sol da manhã, as folhas, os rios, o azul Beleza bonita de ver nada existe como o azul Sem manchas do céu do Planalto Central E o horizonte imenso aberto sugerindo mil direções E eu nem quero saber se foi bebedeira louca ou lucidez.