Os lábios repletos de selva Os olhos despidos de raiva Os corpos desnudos na cama Dois bichos deitados na relva Perigo entranhado na mata Peito estrelado de agita E grita a doutrina dos loucos Dos roucos gemidos de amor É quando a mulher se alvoroça E veste um negro sutiã Fingindo desgosto conclama O que tira da bolsa uma blusa de lã Afasta de mim teu cajado Te esqueces que eu tenho valor Amar desse jeito é pecado Eu aqui te esconjuro em nome do pudor Os lábios mordidos de sede Os olhos cheios de vontade Os corpos cheirando a desejo Dois bichos tão pela metade Perigo entranhado na mata O peito estrelado se agita E grita a doutrina dos loucos Dos roucos gemidos de amor É quando um rugir poderoso Mistério que chamam de Deus Descendo de baixo e dos lados Desfere a palavra aos cristãos e ateus Curvai, belas filhas da terra Postai-vos de quatro sem dó Que quando a mulher geme e berra de amor Eu e ela viramos um só