Tome vergonha, seu ladrão tome vergonha Já que tu gosta de mexer no que é alheio Tome vergonha, seu ladrão tome vergonha Roubar de pobre ainda fica mais feio Um dia desses um grande amigo meu Ligou pra mim na mais triste aflição Se lamentando que roubaram seu carinho Que que nem tinha terminado a prestação Quase chorando me falou por telefone Que piorou a sua situação Que ao roubar a sua velha brasília Tiraram dele o sustento da família Que na verdade era o seu ganha pão Não acho certo mexer no que é dos outros E nem tão pouco tirara nada de ninguém Mas tem ladrão de grande categoria Que roubam pouco não adianta, não convém Mas tem aquele chamado pé de chinelo Que só assalta mercadinho e armazém Rouba de noite pra vender no outro dia Leva a vida só roubando porcaria Tirando um pouco do pouco que o pobre tem Tem ladrão que assalta taxista Atormentado quem já vive no sufoco Tirando a vida de pessoas inocentes Por mixaria, por migalha e por troco E depois vive se escondendo da policia Sendo caçado que nem cachorro louco Para depois ficar trancado que nem bicho Joga a vida na sarjeta e no lixo Trocando a sua liberdade por tão pouco Ladrão esperto que é esperto não vacila Ladrão malandro cuida pra não deixar furo Só rouba carro de granfino e importado Que tá folgado, que tá tudo no seguro Ladrão otário só rouba carinho velho Sacrificando quem já vive no apuro Atrás das grades que então ele descobre Que o ladrão que rouba de gente pobre Não passa nunca de corpo sem futuro