Certo dia um camarada lá em casa apareceu Um sujeito que eu pensava ser um grande amigo meu Mas, porém me enganei vou te contar o que aconteceu Olhando pro meu rancho disse que era um caquinho Respondi pro rapazinho: É um caquinho, mas é meu É um caquinho, mas é meu, parece mais um galpão Tem pinga, tem chimarrão e carne gorda também E muita simplicidade, é uma casinha esquisita Mas quem me fizer visita eu recebo muito bem Olhou pro meu violão grande companheiro meu E disse: O violão que eu tenho é bem melhor que o teu Ao ouvir isso do moço minha voz entristeceu Embora seja um caquinho respondi pro rapazinho Não fale mal do meu pinho. É um caquinho, mas é meu É um caquinho, mas é meu, eu adoro esse violão Com ele fiz a canção que hoje é a minha bandeira O filho de mãe solteira que foi um tremendo estouro Me deu um disco de ouro que marcou minha carreira Nisso entrou minha velha pela porta da cozinha Que sem falta de modéstia considero uma rainha Ele me falou baixinho como ela é feinha Tá virada num caquinho a santa mãe dos teus filhinhos Respondi pro rapazinho: É um caquinho, mas é minha É um caquinho, mas é minha não me solta, não me deixa E nem tão pouco se queixa e não desfaz de ninguém Que me ama e me quer bem entendam como quiser Igual a minha mulher garanto que tu não tem