Amigo olhe a poeira Olhe a estrada Olhe os garranchos Que arranham pensamentos Entre o cascalho Vá separando os espinhos Não esqueça que os caminhos São difíceis pra danar Nem todo atalho Diminui uma distância Nem toda ânsia no final tem alegria Veja na flor que o espinho lhe vigia A noite adormece o dia E a Lua vem lhe ninar Devagarinho Vá pelo cheiro das flores Siga os amores Nunca deixe pra depois Nem tudo é certo Como quatro é dois e dois Nem todo amor merece todo coração Se a poesia ainda não lhe trouxe o fermento E o sofrimento entre o amor, ganhou a vez Nem tudo é eterno como quando a gente sonha Por isso amigo Não se entregue agora Talvez um dia o mundo lhe peça perdão Por isso não se perca não Os amores vão e a gente fica