Enquanto o homem ara toda terra Desce da serra um adeus final Um canto, um desencanto, um lamento Um agourento suspiro final Enquanto a ambição for soberana Enquanto a grana for força voraz Enquanto a última gota de água Foge dos panos presos nos varais Água pro Velho Chico, Água até de chuvisco Água pro velho Chico beber Traz água de qualquer jeito Água da mágoa do peito Água pro Velho Chico beber Em pranto chora a Serra da Canastra Se afasta para sempre do seu mar De sede chora o rio e a criatura De triste sofre a voz do Criador Ponde tu rai mínima Ponde tu rai mínima Rô buscar água no Raso da Catarina Donde tu rem mínima Donde tu rem mínima Renho sem água do Raso da Catarina