Vou deixar em tela a doce aquarela do que ainda resta E por entre folhas do dicionário O abecedário do toda essa festa Vou usar o azul que vem do céu Pra pintar o véu do azul do mar Misturar com o amarelo do sol e do arrebol Recriar o verde da clorofila Que se esvaiu durante o corte Do cheiro de morte do facão Onde tá tu que vê tudo isso e nem liga? Que nem tatu cavou um buraco e sumiu Cadê tatu? Craúna imburana de cheiro E a sombra do pé de imbuzeiro E o canto da fogo pagô Arribação tá quase fugindo de cena Canário não mudou de pena Que pena ele já se mandou No aconchego da cadeira Dorme o Cedro e sua história Morrem juntas fauna e flora Por que não salvar agora o que restou Preserva ação Conserva ação Replanta ação Recria, vigia que é dia judia não