Meu barco de vela, meu céu de aquarela Me falem de perto deste horizonte Me diga da vida, que eu ouço do tempo Do céu que revela o caminho e a ponte Geleiras distantes derretem na calma Do vento que sabe os segredos da alma Milenios, montanhas que sobem comigo Que vibra no leito do meu coração A vida é um rio perene, sincero Na força do lastro da embarcação No meio do caminho a falta e a fonte Meu barco de vela me traga e me conte sem dor Que eu preciso de amor Que eu preciso ainda amar O sangue da terra é o mesmo que corre Nas veias humanas e a minha fronte Carrego o semblante de tantas jornadas Me fale de perto deste horizonte Ainda que o mundo procure sentido São mãos calejadas que levam o andor E eu preciso de amor Eu preciso ainda amar