Essa terra quente Aquece o coração da gente O Sol aqui parou Secou o mar de choro de dor De uma saudade que não Passa da fazenda, do meu pai Da costaneira onde eu nasci E não vou mais voltar Trem que de repente Chega na cidade e sempre Vida segue em frente Carrega o corpo mas A alma sente que o tempo não passou Esse sertão me enraizou Brotou um pé de jatobá E hoje é praça lá Meu norte é poesia Ai que agonia Não ver o pequizeiro em flor Traz a farinha Bota na mesa Faz fogueira Que eu já vou Levar as memórias Só pra te contar Das minhas histórias No norte de Minas Gerais