O coração da criança, carrega tudo o que você quiser
O amor de Maria a hombridade de seu zé
Muito de tudo o que choro e sofre na esquina
Esperando que um herói venha salvar sua vida

Ele ler as histórias em um gibi e pergunta pra ci
Por quê? Que isso tudo nunca acontece aqui
Por quê? Quer este herói não vem nos ajudar
Por quê? Quer eu só escravo de tenta miséria

Tenta entender os contos lidos no quadrinho
Se e tão fácil assim porque o herói se sente tão sozinho
Porque que tem vontade de pegar a irmã sumir no mundo
O mesmo tá cansado de tantos absurdos

Do sofrer da discórdia e de tantas coisas muito ruins
Porque que as ruas insistem, em ser assim
Fazendo a transformação do coração em gelo
Embolando os pensamentos, causando, desespero

Então perguntas sem resposta vão surgindo
As ideias do menino começam a entrar em conflito
Não adiante procurar emprego
Não tem idade nem experiência pro cargo oferecido

Mas isto não importa
Pro asfalto quer ele de qualquer forma
Não precisa de experiência o patrão do morro ao lado falo que pra
Tudo no mundo ele tem que ter paciência

Então veja os sentimentos, da criança, que sofreu de mais
Que em meio a dificuldades, se mostra capaz
Se você acha que ele vai te decepcionar
Não conhece a força, que faz esse coração, voar

Que eu possa voar chegar
Bem auto num instante
E que me deixem sonhar
Sonhar bem mais do que o bastante

Mas ele para presta atenção começa perceber
Que os cidadãos e o mundo têm tanta coisa a fazer
Tão frias, como a alma, sem sorriso, tão fazia
Como as frases sem resposta que ele sempre lia

Se esquecem da família dos momentos juntos
Aquilo que vai, não tem mais volta e fica tudo nulo
O pivete tá crescendo e ele não tá vendo
A relação de um com o outro aos poucos vai morrendo

O pai tarefado de mais a mãe não consegue cuidar
Na empregada da casa, que ele vai se apoiar
Quem ofereceu carrinho amor e ensina respeito
Quem espanto o frio nas noites que tinha medo

Duas realidades, com o mesmo conteúdo falho
Na busca pelo dinheiro a ganância mostro um atalho
Um sem pai, perdido no cano da pistola
O outro sem, perdido na busca por sua glória

Ele anda em passos lentos, cansados da vida dura
A caminhada da sociedade, se volta pra esta cultura
Algumas, crianças crescendo na rua sem atenção
Outras protegidas nos condomínios, mais sem coração

A imensa tortura que corrompe a cidade do alto
Na escuridão que banha as ruas de asfalto
Aonde os olhos do menino, refletem todo mal
Na nitidez que o rosto mostra as torturas da capital

Cada subida, cada baixa das ladeiras
Traz uma reflexão de uma vida inteira
Que não muito longa, mais, que já passo por várias tormentas
Aprendeu que o corpo e frágil, mas o interior aguenta

Sobre todo pensamento e turbulência, não vai se dobrar
Como um guerreiro ele batalha e vai contar atacar
Sabendo que a estrada tá muito longe de se acabar
Deixe que gire o mundo e deixe, que eu possa voar