Quanto mais cético cê é Mais distante ocê vai ficando da fé Mas vale lembrar que bem lá na raiz Tem sempre alguém rezando pro cê ser feliz Teve uma vez que senti perdido Procurei ajuda e Malandro teve comigo Madrugada a fora ia me protegendo Enquanto os urubus queria eu fedendo Lembro da minha vó rezando todo dia Quando eu dormia com ela pra lhe fazer companhia É ruim demais num acreditar em nada Porque ocê só vai desgostando da vida Queria um paraíso depois da partida Ou ficar vagando pelo universo Pelo universo Assim como na Terra, o Céu é fatal Presságio de cura espiritual O destinto, a pureza do mal para o sal Colheita divina da medicinal Vou cantar pra quê? Vou cantar pra você Vou cantar pra quê? Vou cantar pra você Somos todos selvagens na ausência do tal Do plano invisível ao material Mãe África vem de um pequeno quintal Sou seu filho pequeno, guerreiro global Ainda bem que nosso alcance é longo Sou cria de Malandro e vou virar o jogo Bate tambor da capoeira logo Desde o começo a resistência do quilombo, é o quilombo Ainda bem que o nosso amor é longo Universos infinitos completando o jogo Bate tambor, eu disse eu sou Malandro Oxalá é quem me guia a resistência do quilombo Eu vou cantar pra quê?