Cê que é de casa há tanto tempo anos a fio A cara que meus filhos vão chamar de tio e padrinho Ordem divina contra a palavra sozinho Braço direito na minha luta e perna pro caminho Mesma bandeira, mesma trincheira Noite de sexta-feira em casa, mano, a saideira O papo reto, assunto sério, a risa verdadeira A utopia irmã da minha raiz de aroeira Esse papel olha pra mim enquanto choro E passa um filme na cabeça, admirando as fotos Escrevendo a vida em conjunto da nascente à foz Que Deus me dê coragem pra falar por nós A nossa vida não é pra sempre e eu nem quis que ela fosse Então vou pegar tudo que sinto musicar e cantar hoje Faz um tempo que eu tenho esses versos guardados E hoje é o encontro do não dito com o que tem que ser escutado Uma utopia possível, com um sentimento palpável Ser no momento sensível, a mão visível do afago A terapia gratuita, o alimento da vida É programar a cilada e deixar que a sorte decida Quando faltar-lhe o abrigo, naquela bad sincera Pega o caminho de casa, porque meu peito te espera Deixa que eu preparo a festa, para uma noite incomum Que pra sentir essa dor, não é só você tem mais um Manhã de segunda-feira, metade acorda sorrindo A outra cara fechada, foi clássico no domingo Aquela velha história, depois que bate assopra Nenhum de nós guarda mágoa, essa é parte mais foda Vocês estão nas fases que vivo, nos casos que conto Nas frases que crio, nas festas que canto Parte de mim, caminham ao lado onde eu for Serão padrinhos e madrinhas dos frutos de algum amor Divido conta, cama, sonho, carinho e afeto E encho a boca pra dizer que aqui o socialismo deu certo A gente enxerga o mundo, sem querer ter razão Com diferentes olhos e o mesmo coração E desafia o tempo e vai correr atrás E faz com que o silêncio, seja um lugar de paz É forte como o vento, que leva o barco ao cais É o que resta do mundo, depois que o mundo cai É a mãe que falta, o pai que some, a confiança e o sobrenome O carnaval, o réveillon, minha música nova no fone Um susto aliviado aquela vez que nós batemos o carro Intera o fim do mês que meu salário veio miado Compadre, bar do mercado, companhia até o jazigo Um pedaço do pão de queijo, a fé no samba de domingo E sua fração, a diferença do amigo pro irmão É os que pedem o copo e os que pegam da mão Pro fim do túnel a gente é luz, pro adolescente a Guaicurus O pega duas pra ir pro céu, baralho, cachaça e pastel Da infância fruto, eu e Guto, açaí, banana e mel E a praia era mais gostosa quando ia nós dois de Gurgel Amor, carinho, afeto, a construção do teto O final de um namoro, o começo de outro, a época de ouro O que é mais duradouro que qualquer Malboro Pra qualquer agouro, pra qualquer Agüero um drible brasileiro Da guarda, anjo, cavaco e banjo Tipo a gente adolescente tocando no então, né não?! Foda-se a cifra, foda-se o cifrão, mermão Felicidade era um copo na mão, litrão Promete aqui pegar as crianças na escola quando eu não puder E seja o estar por mim onde eu não estiver Lealdade é dia a dia, sabemos que é Olha pro lado eu tô contigo pro que der e vier E desafia o tempo e vai correr atrás Faz com que o silêncio, seja um lugar de paz É forte como o vento, que leva o barco ao cais É o que resta do mundo, depois que o mundo cai É uma troca sincera, misturo tudo que somos Pego aquilo que aprendo e o que ensino a você Quando eu te olho me vejo, a gente serve de espelho É uma luz no caminho na busca do que quer ser É a certeza do Sol, depois de uma noite escura Hoje eu te sinto tão perto, que nem distância me assusta Eu tenho alguns do meu lado, do outro lado do mundo Então não manda recado, que eu sei que a gente tá junto (Tem aquela parte também fizão que é assim oh) Em todas às vezes que o mundo pesou Eu te vi do meu lado e ficou tudo bem Eu lembro aquele sonho que cê' me contou Faz parte da vida, eu vou sonhar também E toda lágrima que eu deixei cair É fruto do respeito que você regou Espero os sorrisos que ainda estão por vir Parte fundamental do que é o amor Amor