Nem me viu, fez assim, fez ficar nela Mais uma vez o teu Deus te jogou na favela Sobrevivente da prisão da amizade Só o Diabo é quem batiza com a lei do cão covarde Té o céu cobra água pra chover Quem se acomoda num dia comum vai perecer Na mesma favela, no mesmo gueto esquecendo que Todo olhar é suspeito Se o para-brisas tá quebrado, a vingança vem do lado Única rua, fuga inevitável, o clima tava sinistro Com os aliados foi visto, o jogo não foi Deus quem criou E todo dinheiro ainda é pouco com a inveja nasce e vive no sufoco Sumiram com ele do banco de trás, na ira truta (na ira truta) Sua homenagem aqui se faz, inspirado pra matar, com a maldade no olhar Se o herdeiro não te viu ligar, foi ele quem decidiu te matar Parceiro dos fortes, linha de frente pra morte Vai ver que foi aí que a trairagem pediu licença, pediu passagem Mó Zé Migué, qual que é? quando sacou nem você acreditou Na surpresa, lado a lado, seu aliado, andou esquecendo o juramento selado Se a dúvida foi a arma, a certeza foi ignorada Morreu calado e pensando: caí de graça Ajudou vários na parada, comprava o jumbo pros mano e mandava Na judaria foi subjulgado, sempre dizia que andando com amigo não precisa tá armado Viu de tudo nessa vida, ajudou parceiro meu a ter o que queria Ia buscar na febre, com Deus não batia mas também pelo Diabo não pedia E o que dizer da única pista, dos aliados nem Jesus acredita A covardia é suja, vai bico, com dinheiro se iluda Capão é lugar de homem morar e se com fogo queimou com gelo não pode esfriar A hora é essa e não vai inimigo sobrar Sua sentença vai ser cobrada Sem o cheiro da flor caído na calada Judaria não dá boi, honrando o homem que ele foi Eu canto a guerra sem fim E que os familiar tende a chorar, a guerra é essa e não vai inimigo sobrar Seu filho é guerreiro, eu dedico essa letra ao meu parceiro Que chorou por você também E no velório não acreditava que você caiu do lado da favela que ninguém gostava Freio de mão puxado no carro A trairagem veio a cavalo, pousou no ombro do próprio aliado E sem olhar nos olhos efetuou o disparo, mais um fugitivo da realidade Por causa de amizade, negou e duvidou da maldade Pagou o preço e até agora tá vagando em outro plano Seus inimigo finado te cobrando, mano O ratão não tá acreditando Que o primo que ele tanto admirava subiu espantado sem saber de nada A covardia é surda, tapinha nas costas não se iluda O sol nasce a cada dia e ninguém aplaude E mesmo assim no outro dia ele volta e nasce Nos toques de mão o que sobrou foi saudade Mas a vida continua com judaria e senilidade