Fernando Santos Cunha

Pobre Coração

Fernando Santos Cunha


Meu pobre coração tão cedo aniquilado
Na ardência das paixões ó pálida criança
Revivi a doce luz de teu olhar magoado
E cheio de ilusões, de crenças e esperanças
Faz o castelo ideal das loiras utopias
Com a luz de teu olhar e o ouro de tuas tranças

Quando pelas sombrias ondas do oceano o luar vastíssimo se espalma
De todo seu negror desprende as ardentias
De teus olhos, assim, a luz divina e calma
Dimanam, fulgurando, as ilusões e os versos
Das sombras de minha alma