Já não quero a calmaria A revolta me queima Antes ser como o barco que aderna Lutando nas vagas às vésperas do porto Jamais a calma do cais seguro Curvado com medo do tempo Meu lar é a escuna Que em meio à noite em mar aberto Despreza a espuma Que acaricia os rombos no casco Ferido de morte Ainda assim me proclamo Irmão das tempestades Perdidas no mar Desprezando harmonia Ainda que a noite me tome nos braços Partirei como o mastro que estala Partido ante o peso das velas Com um enorme sorriso no rosto Voltado pra estrela do norte Sozinho, como convém a um louco