Ao correr da queda de água Fui lavar o sentimento Deixei acalmar a mágoa Enquanto escutava o vento A saltar entre os penedos As águas vão ensinando As lembranças e os segredos Que a serra vai murmurando E as penas quem as apaga Para a alma ficar serena? Penas grandes como a fraga São como a Fraga da Pena E as penas quem as apaga Para a alma ficar serena? Penas grandes como a fraga São como a Fraga da Pena Enquanto a tarde se deita Nas sombras da penedia A água aos poucos ajeita O raiar do novo dia Trigueira de água nos dedos Desce da serra apressada Vem a cantar pelos penedos Para me saudar à chegada Enquanto a noite me afaga Enquanto a Lua me acena Adormeço ao som da fraga Ao som da Fraga da Pena Enquanto a noite me afaga Enquanto a Lua me acena Adormeço ao som da fraga Ao som da Fraga da Pena E as penas quem as apaga Para a alma ficar serena? Penas grandes como a fraga São como a Fraga da Pena Enquanto a noite me afaga Enquanto a Lua me acena Adormeço ao som da fraga Ao som da Fraga da Pena