Vejo a luz da manhã E a janela aberta ainda E você cansada, caindo, deitada No chão de madeira na beira da cama Num sono profundo E agora, e agora, e agora? E agora, e agora? Faz da noite o dia Seu mundo de fantasia Colorido, e agora, e agora? E agora perdida pedindo perdão Se debruça na cama, na esteira ou chão Não tem mais amigos, não consegue dormir E fecha a janela, e agora? Seus amigos, seus amantes Seus antigos companheiros Já se foram, se casaram, se perderam Se afastaram, e agora? Seu canto é de dor, seu peito é partido Não bebe, não fuma, não tem mais amor Os amigos sumiram, o dinheiro acabou E agora? De você ninguém sabe Ninguém quer saber