Oh Lisboa dona airosa, Que fizeste à Mouraria Que anda triste e desgostosa, A soluçar noite e dia Oh Lisboa dona airosa, Que fizeste à Mouraria Coitada pobre velhinha, Decerto foste ofendida Perdeste a graça que tinhas, Estás muito mais abatida Perdeste a graça que tinhas, Estás muito mais abatida Se era essa a tua sina, Não te queixes de Lisboa Querias ser sempre menina, Mas o tempo não perdoa Querias ser sempre menina, Mas o tempo não perdoa Hás-de passar a ser moderna, Ter mais cor mais fantasia Sem deixares de ser eterna, Mouraria, Mouraria Sem deixares de ser eterna, Mouraria, Mouraria E numa prece singela, Pra que seu nome não mude Fadistas rezai por ela, À Senhora da Saúde Fadistas rezai por ela, À Senhora da Saúde