Ainda não é meu último suspiro Tenho tentado não olhar para os lados Ainda tem quilômetros a frente Será que sonhar demais foi me pecado? Será que eu deveria ter fugido? Será que eu deveria ter mudado? Será que eu deveria ter mentido? Será que eu deveria ter mudado? A noite tem me dado tanta insônia Os dias tem passado tão depressa Eu amadureci de forma erronia Mas tenho apodrecido tão depressa Dinheiro tem me dado pouca escolha E eu lembro muito bem das minhas promessas Sigo amassando um milhão de folhas Até que esse meu luto vire festa Enquanto o mundo dorme o tempo voa Tanta coisa me dizendo para eu pular daqui Perdoe pai são só pessoas que já não conseguem mais acreditar em si Assim como um aluno invisível na sala demorou para acontecer mais eu apareci A próxima parada é não voltar pro zero Dizem que não vai doer se eu não me ver cair O medo de perder já não me assusta tanto Por mais que a realidade ainda me deixe louco Eu tento afirmar toda vez que levanto Que o jogo vai virar espera mais um pouco Que o ano vai virar espera mais um pouco E eu não vou me cegar com o brilho das correntes Prometo respirar depois desse sufoco E me jogar de peito aberto nesse mar de gente Solidão é normal quando o sonho é grande Solidão é normal quando o sonho é grande Mesmo que ninguém me escute Vitória tem soprado nos ouvidos Presente tem mostrado tantos erros Policia tem matado meus amigos O outono tem me levado com as folhas E um anjo na beira do precipício Me disse que é cedo, não pula agora! No final vai valer todo sacrifício Um homem com vitórias invisíveis Um homem com derrotas estampadas Um homem de conquistas impossíveis Também carrega histórias mal contadas A vista cada vez mais dividida E a pista cada dia mais salgada Conheço bem a solidão do palco e Tem coisa que não pode ser cantada Qual propósito nos move quando tudo parece não ter saída? Qual pecado te promove? Qual ação vai garantir nossa subida? Chorei na solidão da madrugada Pro Sol da meia-noite ganhar vida Vaguei na multidão dessas calçadas Entre milhares de pessoas esquecidas Um grão de areia no olho do furacão Sem saber ao certo qual vento o conduz Com a chama acesa no meio da escuridão Não tragam refletores quando eu for a luz Desde pequeno a vida segue me mostrando Que eu era muito mais do que eles estavam vendo Não sou pequeno demais pra sonhar tão grande Eu sou grande demais pra sonhar pequeno!