Pra quem se foi ou já partiu, A vida parece que sorriu, Pra quem ficou, ficou pra trás, A dor de uma ferida se abriu, A busca de uma espera começou, A dor de uma ausência se instalou, Passam horas, passam dias, passa o tempo, Só não passa a saudade que aumenta, E no coração de um amante Pai, Se aloja um desejo, uma prece e um pedido: Filho volta, é só abrir a porta, Que nunca esteve fechada, trancafiada mas escancarada, Esperando quem sabe, um dia Que num rasgo de pura ousadia, Você, finalmente quisesse por aqui se aninhar Filho volta, pois já passou da hora De insistir num caminho cheio de espinhos vazio e mesquinho, Por que não dar de novo uma chance, Ao amor esse dom tão gigante, Que ter quer envolver como antes, E jamais te deixar, Volta enquanto em tempo, volta Volta enquanto ainda é hora, Volta pra casa, volta Sou seu Pai, pra mim importa Volta! Pode ser madrugada Volta! Quem sabe na alvorada Mas volta, volta, volta, Eu esperarei, Sempre sonharei, Com sua volta