Chora a terra, lágrimas de sangue Pelos meus irmãos jogados Nas senzalas sociais Ladrão de banco é preto Sequestrador é preto Traficante é preto até a fome é negra Será que é mesmo assim? A mão calejada do trabalhador Que paga o doutor pra ser Subjulgado, humilhado e excluído pela sua cor Eu queria voar, ir para outro lugar Onde a minha cor não seja a única coisa que importa Mas preciso ficar, preciso lutar Pois fugir agora é cuspir na cara dos nossos ancestrais Então lute meu irmão, a dor não é eterna não Construimos os castelos, então agora é a hora de reinar Então lute meu irmão, a dor não é eterna não Construimos os castelos, então agora é a hora de reinar