Ouço vozes me dizendo o que fazer Me ensinando os caminhos a escolher Sinto um vazio perto de mim e me perco por não saber me reerguer Vejo uma escuridão me chamando Me deparo com uma porta queimando É o vazio inteiro me possuindo e reclamando Você quer mesmo que eu te entenda? Você pretende mesmo me fazer de tolo Você acha mesmo que aceitarão a sua oferenda? Você acredita que acabará esse alvoroço? Entenda que a minha vida não tem despedidas Ela apenas se modifica, mas não diz adeus Entenda que a minha vida não se fecha Ela apenas fica entreaberta, mas não diz adeus Mas você quer mesmo que eu te entenda? Você pretende me esnobar Você acha que aceitarei sua oferenda? Você me destruirá Quer mesmo que eu te atenda? Quebrei meu celular Não, eu não tenho pena Cansei de lutar A minha vida não altera A minha vida não tem guerra A minha paz sou eu quem faço Sem luz, com luz, eu não me desfaço Sou do escuro, sou do fogo Não procuro, mas encontro Não sou chama nem raíz Sou tudo que ninguém diz Me veje do avesso e me descubra Me pinte de vermelho Me faça declarações Me jogue o seu veneno Me destrua com suas canções Eu sou fraco, eu sou tolo Mas sou eu mesmo Não me faço, não me escondo Me defino ao anoitecer