São todos macacos Nesse planalto de distopia Em constante involução Onde a população é oprimida Pelas leis da covardia Assim se constroem mitos Na carência dos aflitos Vibra o povo sem perceber o sutil Outra vez foi enganado E se cumpriu o legado Com histeria febril Brilha, estrela-guia Nos faz sonhar mais alto E numa utopia ver toda hipocrisia Se despedir do planalto Será Que esse mundo conheceu A palavra de Deus? Tá difícil acreditar Se a cura está na ciência É negação, resistência Pergunto a quem isso possa interessar? Nessa imensa floresta A boiada passa em festa Homeníndios sem voz Sufocados somos nós E na zona da proibição Se escondeu toda a cultura Somente o conhecimento transforma o passado E o presente, pra ter um novo futuro Onde se arma a guerra Se mata a esperança Como podemos viver Vendo o Brasil perecer Na poeira da lembrança?