No areial Na vastidão Terra fincada Chuva tem não Pele rachada Moça é mais não Olhos de terra Do sol a feição Tinha vida do aboio Chamado era em vão O que lhe restava Era só chão Dona da lida Calos na mão Imaculada Tristeza quis não Viola chorando Preces e cortejos Partiu sua mãe Ela lembra o cheiro (Saudade do cheiro) De lenha queimando Fogo sertanejo Casa pau a pique Aveloz no cerco Foi-se em noite de novenas Madrugada de cantigas Alentaram o peito dela Sozinha estava na vida Se passaram tantos anos Desse dia maculado Hoje já mulher crescida Vive longe do arado Peregrina imaculada Deixou longe o céu ardente Foi em busca de um passado Não vivido, e no presente Sente falta das raízes Sonha, em ver céu estrelado Não fosse duro o destino Pro sertão tinha voltado Tateei o mar Brasa encontrei Lá nessa ribeira Pouca água tem Clama à são francisco O rio abençoar Sonho dessa gente Seca virar mar (Sertão virar mar)