Ah... essas palavras banais Dos boleros sensuais São verdades diárias São dores tão normais Ah... esses rostos comuns de tanta gente São como bóias de luz apagadas temporariamente O meu olhar desconhece a paisagem E só procura saber O que não mostram as vitrines Um sorriso de mulher Um pedido de cigarro Um telefone enguiçado Emudecendo um recado de amor Uma sanfona modesta chora escondida Pelos tapumes febris das construções E assim de retalho em retalho Se tece a dor dos boleros E das ruas da cidade