Em meio ao escambo E a frustração no trampo Junto com o pau de tinta Quiseram minha alma! Exporta brasa Importa fogo estranho E o caucasiano astuto Roubou nossas casas Suplica o pai E chora a seringueira Ao perceber que as balas vindo Não são de borracha Meu som é esse Com essa raiva doce De um tupiniquim Que canta e cai a chuva ácida E nessa terra Onde minha vida segue Entre paixões infames E noites que não voltam A devoção tem um sentido cético Onde a mãe não é mais gentil E o próprio filho aborta Queria ser Como eu fui no início Mas manipularam os livros E omitiram a verdade Com os pés descalços Eu corro mata virgem E com minha mente livre Eu grito a liberdade Encontro a trilha De onde nasce o rio Silêncio grita me dizendo vá! Ensurdeci Mas meus olhos se abriu Na encruzilhada Do meu Teshuvá Gritos ecoam Num silêncio tenro O sossego da mata Agora geme em dor Navio negreiro Se atraca a margem São águas que trazem O medo e o terror! A história grita Aos ouvidos de tantos Que choram nos cantos Sem força pra crer Os livros mentem Atribuem honra A quem derramou sangue E só nos fez sofrer Usurparam a nossa doçura Catequizar para nos oprimir! A guerra Santa trouxe a Paz Pagã Quando Cabral chegou nóis já tava aqui!