Eu sou aquele tipo barato Que se mete no mato E gosta de cantar Do tipo vai trabalhar Abrindo o peito do mato No facão e no braço Socando a inchada no chão No coração do meu eito Fazendo a terra sangrar Tentando ganhar meu trocado E trocar minha sorte Pela pinga do bar Eu sou aquele tipo do mato Que só pega a viola Prás magoa chorar Lavado de choro e suor De sangue e saudade Que sol vai secar Formando no céu uma nuvem Que tampa as estrelas E sol de brilhar Depois se dissolve com chuva Que agua na terra O suor e o penar Que serve de força pro verde Que eu plantei um dia E agora vejo queimar Sonhando educar o meu filho Pra ele ter tudo aquilo Que não pude lhe dar