Começar pelo fim Em tom de marfim E nunca tentar Da borda pular E ficar por um fio Afundando num rio E perder a razão Ao quebrar o coração E a calma perturbada não vai retornar Um pouco improvável de encontrar Entre a dor e a alegria A risada da melancolia Um pingo de felicidade Pra quem é excluído da sociedade O analema do Sol A luz de um farol Iluminando os barcos que estão atracando Bem como a chuva que caiu do céu Molhando o chão Para que as plantas possam florescer Vida que não para de nascer Equilíbrio fundamental Entre a razão e o medo irracional E aquilo que se foi nunca mais vai voltar E chorar não vai adiantar O som do ré bemol Ser fisgado por um anzol Enquanto as luzes vão se apagando Bem como a água que caiu no chão Molhando o solo Para que os brotos possam crescer Vida que não para de nascer Equilíbrio existencial Entre a morte e a vida artificial