Eu vi um homem velho No meio da calunga Tinha um olhar distante Estava sentado numa tumba Naquela hora, senti meu corpo arrepiar A ele pedi licença e Continuei a caminhar E naquela noite A magia aconteceu Foi no toque do tambor Que o velho apareceu É Omolu, o velho Orixá Que chegou na nossa umbanda Para minha dor curar Todo coberto de palha Com seu xaxará na mão O seu rosto eu não mais via Mas sentia a vibração Arcado o velho dançava Parecia flutuar Fez a terra estremecer E minha dor se acabar É Omolu, o velho orixá Que vem na nossa banda Pra seus filhos saravá Minhas feridas abertas, hoje fechadas estão Mas jamais esquecerei O velho que me deu a mão É Omolu, o velho orixá Na calunga ou no tambor A ele eu vou louvar