Felipe de Carvalho

Omolú, O velho Orixá | Ponto Omolú / Obaluaê

Felipe de Carvalho


Eu vi um homem velho
No meio da calunga
Tinha um olhar distante
Estava sentado numa tumba

Naquela hora, senti meu corpo arrepiar
A ele pedi licença e
Continuei a caminhar

E naquela noite
A magia aconteceu
Foi no toque do tambor
Que o velho apareceu

É Omolu, o velho Orixá
Que chegou na nossa umbanda
Para minha dor curar

Todo coberto de palha
Com seu xaxará na mão
O seu rosto eu não mais via
Mas sentia a vibração

Arcado o velho dançava
Parecia flutuar
Fez a terra estremecer
E minha dor se acabar

É Omolu, o velho orixá
Que vem na nossa banda
Pra seus filhos saravá

Minhas feridas abertas, hoje fechadas estão
Mas jamais esquecerei
O velho que me deu a mão

É Omolu, o velho orixá
Na calunga ou no tambor
A ele eu vou louvar