São linhas de fuga no vão O meu passo é de anseio e tensão Na vista um clarão, um mural Um estorvo, um esporro, um turbilhão Um turvo impasse, a transversal A língua em chamas, contramão Manhã, um artista em jejum Acrobatas sem pernas no sinal Farsante é quem pensa em chegar Sem o risco mortal a porto algum São rotas que ilusão atrai Moedas de um fugaz querer Sem trégua a vida segue e vai Entre frágeis manhãs Indulgências de dor Entre pânico e olor Furor nos hologramas de Deus Fervor, solidão Sem trégua a vida segue e vai Por escombros ali Labirintos sem fim Garatujas num muro azul Tosco evangelho de amor Rumor, carrossel Sem mágoa a vidaquer viver