E o que mais eu quero é não ser controlado E o que eu mais espero e ser desmiolado Pra não ter medo de ter você do meu lado Pra não sentir desespero quando for trocado Nesse país distante que eu não ganho nada Nessa riquesa imensa dada de mão beijada Pra todo mundo que sente a hora da virada Do meu pai e do seu de mãos calejadas Velho amigo, amigo de jornada Velho amigo, amigo de jornada E vai buscar, um jeito de olhar E quando olhar, quando olhar pra alguém Olhe por favor pra mim também E quando olhar, quando olhar pra alguém Olhe pra mim por favor também Mas olha meu amigo, olha companheiro Não se assuste com o tamanho da tampa do bueiro Que a gente joga esse lixo todo pra dentro E espera a chuva que virou com o vento E espera que tudo com a enxurrada vá embora E pergunta pro dono da venda, se vende agora E compra aquele doce com sabor de infancia E compra aquele sonho grande de criança. Velho amigo, amigo de jornada Velho amigo, amigo de jornada E vai buscar, um jeito de olhar E quando olhar, quando olhar pra alguém Olhe por favor pra mim também E quando olhar, quando olhar pra alguém Olhe pra mim por favor também