Até quando se deixar levar? Não agir Costume de conformar Difícil abrir os olhos, acordar e perceber Acreditar que o mundo vai além do que se vê Pensei... Devo resistir? Ou só existir? Histórias contar Som que vem do mar Que brota do chão Raízes não são pra se arrancar O presente já passou O futuro é agora O passado voltará Amanhece nova aurora E colhendo novos frutos Com as sementes do passado Resgatando sua cultura Antes que seja calado Pensei... Não vou desistir Vou me conduzir Histórias contar O som que vêm do mar Que brota da terra E nunca se encerra Nossa vontade de lutar! (Neguedmundo) Meus amigos boa noite, boa noite pra vocês Vou cantando esse côco não é a primeira vez Boa noite povo todo, boa noite pra vocês Vou cantando esse côco não é a primeira vez Balança o pé de roseira, balançou o Juremá Vou cantando esse coco, mulungú barra do mar Vou plantar minha semente agora vou agoá Vou cantando esse côco, caboclo tupinambá Meu nome é Edmundo, fruto amadureceu É groove brotando da terra, feito o coqueiro tremeu Passado, futuro, presente essa é a minha sina Resgatando minha cultura, fazendo a minha rima Já plantei minha semente agora vou esperar Deixe que sopre o vento deixe que balance o mar Natal, Rio Grande do Norte, guerreiro sou lutador "Nos peito" uma armadura e nos dentes trago uma flor Cultura trago nos pés, com as mãos toco o tambor De Ogum trago a espada e o machado de Xangô Cantando com alegria, positividade, amor Agradeço a sintonia, admiração e valor Cantando peço licença, agradeço mais uma vez Meus amigos boa noite, boa noite pra vocês Meus amigos boa noite, boa noite pra vocês Vou cantando esse côco não é a primeira vez