Eu sou filho de caboclo nascido lá no sertão Tenho orgulho de morar num ranchinho beira chão Eu também tenho orgulho de ter calo em minhas mãos Tenho o rosto marcado da poeira do estradão Minhas roupas remendadas é o jeito do sertão Os espinhos da coivara já 'rasgou' meu sapatão O meu rosto está queimado do forte sol de verão Mas tenho a felicidade de ser filho do sertão O meu cigarro é de palha e o fumo eu mesmo planto Não tenho prazer nenhum fumando cigarro branco Este pedaço de terra que eu adoro e amo tanto Só existe a beleza, poesia e mil encantos