Se alguém me visse no sol Se me pegasse de baby-doll Me descobrissem toda chinfrim, no meu jardim Ai de mim! Será que eu perdi a voz Ou será que o show já não era bom Será que sem o meu batom eu perti o tom E os homens mandavam uma vaia Se me regasse a saia E se o tomara-que-caia, cair E eu fora apenas uma mulher sob o fecho-eclair E daí? Meu canto hé de resistir A toda mentira, tira de mim Deixa a palavra despir todo o meu cetim Pra que eles me vejam a alma Quero que esqueçam das palmas Que lembrem da canção E deixem toda a palavra na palma da mão Que esqueçam as luzes do teto E essa mulher-objeto que eu fiz Que enxergue a um palmo do seu nariz Pra pedir bis, do que eu não quis Pois dentro de mim tem mais do que a mulher-fatal da TV Um negligê, lábios de carmim Mas que lânguidos olhos de fêmea no cio